Sentes
rubor à minha presença, erma,
São
imãs que resistidos se atraem
E a mordaz
lei da física assaz contraria
Mesmo fingindo
indiferença pungente
Perdidos
iguais na monotonia enferma
Iguais
e sóis nos encontraremos, um dia.
Nossas
almas, duas metades do querer,
No teatro
senil da vida... Personagens
Seguem
atônitas perdidas no tempo
A sina
do Amor, da idolatria, do se ter,
Dois
passageiros um mesmo destino
No
coche lilás dos pensamentos!
Quisera
eu e você, ao sonido da valsa,
Esta
estranha valsa, a vida! Quimera...
D’Uma
breve dança o prazer n’um momento
Enleados
tais quais em nossos sonhos
Acendida
a tosca esperança, oh querida!
Em
reencontro nas brechas dos tempos...
Nunca
morreram as juras, e sentimentos.
Mesmo frívolas
em nossos corpos doentes
Ainda
duram no lapso atual, fendidas...
Vindo
a ser nosso bem, nosso mal desta lida,
Se
vivas aflições fumegam, queimam...
No tempo
é cinza latente, brasa viva.
Quantos
túmulos ainda haverá de separar?
Na eternidade
nossas almas sem descanso...
Quantas
vezes do pó, de nos erguer havemos?
A retomar
os passos, antes da partida,
Reeditar
nossa história deste balé em branco
Repintando
destinos no quadro negro da vida.
https://youtu.be/Ytxj3JFcQZE
4 comentários:
O tempo dança em nossos caminhos, faz da vida parceira em nós. Muito bonito.
A vida útil do cilindro para acomodar uma variedade de músicas, menores e maiores.
Um poema comovente.
A imagem mostra bem o calor.
Tenha uma boa semana e abraços!
Poeta!
Mostra ter afinidades com as rima.
Orquestrando assim,declamações sucinta de um universo
escondido.
Parabéns!
Ps;Apenas uma observação:O brilho de suas poesias são ofuscadas pela cor da fonte no fundo preto.Ao começar ler,as combinações causa um mal esta a vista.Poderia substituir o azul claro da fonte, por uma amarelo escuro ou mostarda.
Excelente! Concordo com a cor da fonte. Luz e paz. Um feliz 2016, muito próspero e de muitas bênção. Abraços
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