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quarta-feira, 28 de janeiro de 2015

Infinitivo Pessoal do Amor Pretérito.











Toda vez que eu te vejo...
Desperta o louco desejo
De ter você só pra mim.
No teu corpo, mora um anjo,
Ele, desperta o meu demônio,
Uma voz que imita o vento
E urra em meus pensamentos
Delgado induzir favônio
Clamando por adulterar.
Assim minha alma, perdida...
Não vê mais o belo da vida.
Olhos nos olhos, em suma,
Este é o nosso eterno pecar,
Sabermos ser um do outro
Arguidos entre céu e inferno
Impedidos de se entregar.
Os outros nos acham loucos
Por este amor de outras vidas
E estarmos ligados a tal sina
Mais que o inferno herdado
É um amor amaldiçoado
Sê é possível declara-lo assim,
Do querer de duas almas gêmeas
Que tiveram seu idílio pausado
Que pelo tempo não tendo fim
Viver contemporâneos, e separados,
Por fim, incompreendidos, condenados,
Finarem distantes, etéreos, apaixonados.
Por certo tão imensa nossa ânsia
Morrer será de novo a liberdade
Conduzira... Àquela morada, orbe luzente,
As existências intransitivas e subsequentes
Onde subsiste amada a esperança!





4 comentários:

Unknown disse...

Lindíssimo e intenso o seu poema. Aplausos!

Anônimo disse...

Teu blog cada dia mais lindo poeta!! Um cantinho mágico onde reina a poesia. e os versos estão sublimnes, adorei, bjs

Marina Seischi disse...

INTENSO !APAIXONADO!RAIVOSO!

Blog disse...

Poema quente... apaixonante!