Só no quarto. Quarto vazio,
Mas não tão só. Sinto-o frio,
Também silêncio e vozerios
Solidão, desamores e dores.
Quarto vazio. Não tão vazio...
Jardins de logro sem flores
Em meu coração só espinhos.
Hemorrágicos rasgam cruentos
Escoa em lacônicos momentos
Retumba em vãos pensamentos
Das vagas penumbras amiúde
Negras asas alçam, esvoaçam!
Estertores a vidraça estilhaçam...
Algo foi de mim, e não era virtude.
2 comentários:
Amigo, sua poesia com um vocabulário rico e triste me fez lembrar Augusto dos Anjos. Versos perfeitos!! Adorei!!
Parabéns!! Beijos
Ainda quando estamos sozinhos, podemos contar com a maldição da infelicidade por nos fazer desejar o que supostamente já temos. É dor e é paixão. Um abraço, moço. Sensacional!
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