O Chamado.
As horas avançam, ouço teu chamado. Momento que nossas
almas se encontram.
Seguimos nas sombras pela
penumbra como se não fossemos desse mundo indiferente aos sinos e as badaladas
para longe de nossas criptas. Juntos, os segundos já escoam gotejantes e a cada
passo dos ponteiros estacas vão sendo fincadas em nossos corações.
O dia resultado da noite
tenebrosa se aproxima aos primeiros sinais da aurora, desatamos as mãos,
desenlaçados de nosso abraço do inferno Da nossa paixão, retornamos a frieza úmida
do sepulcro que é nossas vidas. Neste instante, nossas almas lívidas, pesarosas
tendo que ir, despede-se e vela ansiadas e sequiosas por novo encontro a outra
noite que virá.
Para o dia e as pessoas
somos reclusos, pois, não entendem, nem sabem que somos vampirescos no nosso
querer. Quem nos seca, nos torna pálidos, trêmulos e destemperados é a
distancia. Pois, sempre ávidos um pelo outro sabemos que somente assim nos
alimentamos, e o que nos acalenta é a mútua existência.
Logo à noite, ouvimos um
ao outro em nossos profundos gemidos.
A tua súplica vence as
distâncias.
Minha alma faminta estende
as asas e voa ao encontro da tua.
Um comentário:
Boa noite, Yehrow !!! Passando aqui numa visita, acabei ficando e deliciando-me com teus escritos !!! Há tanta intensidade neles que confesso que leio várias vezes buscando absorver cada palavra !!! Parabéns por tão linda composição... bjs
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