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sábado, 24 de setembro de 2011

As Vozes do Vento.

 

 

Vozes...


Ouço, ouço vozes, vozes de alguém...
São vozes que ouço vindas d’além
Como ecos, em cômodos nas casas vazias,
De almas tristes aquém de alegrias.
Teimo, em achar que são os ventos!
O vozear, zunzunzuns, silvos e lamentos,
Ao redemoinhar do ir alto aos arvoredos
E ao voltar sussurrando rumores
Trazendo o carpir ao pé do ouvido.
Mesmo ao destemido da certa agrura
Imaginar que nesse mundo, circo de horrores...
Não há silêncio. E o vozerio deste e de outro,
Aos poucos, descerrados de calabouços senis,
Pensamentos e palavras que o vento leva
Em turbilhões vige no tempo, atemporal...
Revelados segredos... Desditas do Ser infeliz
Dá medo ouvir dizer o tudo que o vento diz...














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