Ementa
a Rosa em VIII Atos.
11fev2010.
I
Vê
esta pétala de flor
No
vento, pela brisa,
Inda
conserva o olor,
Uma
narrativa de vida.
II
Lembra
um jardim distante
No
sítio e verde campestre
Foi
botão, foi rosa, vibrante!
Sorria
feliz alheia e silvestre
III
Entre
espinhos, fragrante ,
Cresceu
sorridente ao sol
Nos
dias, noites e na chuva.
Na
tênue alvorada... Arrebol ,
IV
Mas,
o tempo, cruel, ninguém espera,
O
tempo! Só ré mi fá, sempre se vai...
Fá
lá si dó ré, passou... Até pra hera
Finda
estação se foi... Mesmo os ais...
V
A flor
antes cálida, sã e formosa,
Ora
Despetalando, ora enrugada,
Colore
ainda a relva, destroçada rosa,
Todavia,
não esta morta, mas é mais nada...
VI
Ao
lhe ver vem à ementa
Flor
desapressada e a toa
Na
aragem a embalançar
Hoje,
é a pétala que voa!
VII
Amanhã
quem sabe? Ressecada...
Muito
embora sem forma que a lembre
Folhas
ausentes da corola são nada
Alvitrará
à vivaz rosa perfumada.
VIII
A
essência persiste, o olor, a alma das flores,
Encantando
nossa alma tão aquém
Em
novos frascos, perfumes e cores,
Flores,
nunca morrem, transmutam ao além.
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