&

sexta-feira, 23 de setembro de 2011

Almas Livres.



Antes e depois da escuridão

No interlúdio um momento de luz
Relâmpagos estrondeantes e anônimos
Faz repicar e rebimbar as sombras,



Guardiões da noite, baila na aragem gélida.

As asas abertas enlevam as alturas os corvos

Ocultos, nos corpos emplumados, as almas...
Mudam (as almas), de lugar nessa hora encantada,



Nas igrejas os bronzes dos badalos soam
A cada espectro que foge do limbo!

Há quem diga que fortes mãos embalam a toada

Neste reino de eternos crocitarem em gemidos e medos...



Quem de nós teria força e alento para tangê-los?
Extraindo sons lúgubres dos sinos na sua cúpula.

Após algum silêncio, breves momentos...

Longas gargalhadas ceifam o vazio,



Preenche os ares do que seriam lamentos
Mas, na verdade, é tão somente
O grasnar da liberdade na noite fria.


Nenhum comentário: