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Procurei no teu olhar o oásis.
Tudo perdurou deserto e somente encontrei minh’alma perdida,
moribunda.
Das águas, só mágoas sobejaram e em tormentas invadiram o abismo
das incertezas –seguir ou ficar!?
O abraço indiferente, não calou a resposta, percebi o quanto estavas ausente.
As razões , só prantos, em
soluços abafados ficaram ocultos no peito, arfante. Seu sorrir um esgar, teimou
em simular a satisfação do encontro, a mente longe a vaguear abandonou a
própria sorte o coração, o amor, foi apenas uma pomba branca que voando breve foi
tragada pelas garras negras do falcão faminto da desilusão, encontrando na
morte o adeus, foi uma triste despedida.
Logo, retomada as rédeas.
Obediente, empina, volve-se aos próprios cascos e distancia-se revolvendo
poeira. As pedras do caminho comovidas afastam-se.
Ao longe Lua é só uma silhueta.
Sol, seguiu sem olhar o que ficou atrás de si, sua capa sombria revolvia a
escuridão. Às escondidas as nuvens no céu reuniram-se e confabulando em grande estrondo decidem desaguar.
Os coriscos agora cortam o céu e
o Sol não mais se viu. Àquela tarde, até mesmo a natureza ficou ressentida com
o fim daquele amor. À noite enfim chegara, as pradarias molhadas, o mar revolto
foram somente partes do resultado dos queixumes dos amantes.
O céu detém algumas nuvens. Lua,
pálida desponta e parece caminhar por elas, sempre só. A noite acende e o lume
das estrelas fulguram como lágrimas suspensas.
...um beijo frio é a
resposta.
Seus encontros são eclipses, a
estória de um amor não correspondido que perdura pelos antepassados e presente.
Animistas, atemporais, infinito e universal.
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