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sábado, 12 de abril de 2008

Os Deuses. Uma Estória De Amor.


 
Minha doce “Párvati”
Com a flagrância
De todas as flores...
O som de todas as abelhas...
Vêm!
Me desperta,
Acalma minha fúria... Branda...

“Shiva” aborrecido...
Ao derredor transforma em cinzas
Mas se em paz, causa renovação.

Vêm Amar... Sacerdotisa!
Sinuosa!
Em mulher Travestida,
De o meigo olhar... Da formosura!
Lê meus pensamentos...
E me enroscam... E inebrias...
E me apertam... De quase sufocar
Sem ao menos tocar-me...

Ao ver-te,
Sons de atabaques, flautins!
Acercando-me de nirvanas.
Transfixando-me nas raízes
A alma lhe verte
Em tênues matizes...
No seu andar, dança do ventre!
Odalisca, olhos que faíscam,
Queimam todo meu ser
Abrasa-me o sentido.
Nos doces licores
De veneno. Inodora!
Saliva que me percorre
Inteiro, cobre-me das essências...
Dos delírios, e extravasas...
Ao mesmo tempo
Penetrando-me os poros.

Inundas!
É serpente, és “Shakti”
Mulher, flor de açucena e lótus!
Diva!
No seu caminhar
Pétalas de todas as flores,
De todas as cores, a cada passo...
Luzes de arco-íris.
Nos lábios ainda sabor do mel...
Na brisa olor de pólen...
E tua imagem que esvanece...

__Será! Tudo não passou d’um sonho?
Ou, é somente essa música,
Uma lira de encantos
Quem me faz transcender
Às quimeras de Almadôvar.





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