&

segunda-feira, 14 de abril de 2008

Andarilhos E Sem Causa.







Viveu um amor, não o seu...
Mas a dor, sempre foi a sua
Trilhou caminhos do vento
Percorreu caminhos sem volta
Às vezes sob a luz da lua.
Assim, o andarilho,
Da sorte que nunca teve. Esquecido...
Com marcas no rosto, fincadas.

E sonhos a muito perdidos.
Deixado ao léu pelas ruas,
ali, nasceu, cresceu, feneceu...
Tão só na noite, negra e fria
no íntimo, um pedido , um lamento,
uma voz que nunca calou.

Agora, exala em derradeiro
e extenso suspiro.
Por que?
Abastanças e riquezas
para uns, e, a outros apenas migalhas?
Sê tudo no mundo é vaidade...
Mais vale o pouco com Deus
que o muito cercado de maldade.

pois assim como a juventude
na lida, a vida se esvai.

Aquele, que nada teve, morreu...
Mãos estendidas - Pedindo uns vinténs;

Àquele que tudo tem, morreu também...

Esse outro de vida abastada – Boa estrela,
escondida as mãos. Foi-se...
sem nada, e sem nada dar a ninguém.

Um velado, com pompas e honras...
-com local e hora firmados;

Outro, em cova indigente,
– Vala comum!
Sob expensas da autoridade
Meu Deus!

Triste realidade. Vê, discerne!
Ilusão é a boa vida?

E tolice não ter pra onde ir
sob a chuva e sob o sol
No fim, o fim de tudo,
é mesmo buraco?

Sendas de escuridão.
Quem (Ninguém) pode evitar o fim
ou, as agruras da podridão.
O rico, o pobre, o gênio, o empolado,
o idiota, o brigão, a almofadinha,
a lindinha, a demente, o louco
a louca, a feia, a gorda
a beata, o jovial, o honesto,
o mentiroso, o ator, o político...
e tudo e todos, um dia...
de barro finamente acabado
a fétido, lodo disforme.
Alcançarão seu termo.

a breve lápide conclui
a história da humanidade

...um dia todos emudecem e fim.

“AQUI TODOS SE IGUALAM.”


Um comentário:

Isabela Braz disse...

Olá,muito obrigada por sua visita no recanto.Fico feliz que tenha gostado da minha poesia; percebi que tem influência da poesia romântica nos seus versos,certo? Gostei bastante! Até mais,apareça quando quiser.
:)