Local recôndito que a metafísica não explica,
O
coração parece ser o centro de tudo, o devir!
Ais!
São muitos que me cabem ao peito
Desproporção, que a cada suspirar, multiplica
A dor
que sinto e nem sei como medir
Um não
sei o que, de onde, e ter por quê!
Mas,
coincidência ou não, tudo que penso é você.
Alguns
diriam é saudade, eu, filosofando...
Suspeito
que o Amar... Verbo no infinitivo
Poderia apenas um sujeito simples ser
Pois
quando o Amor substantiva o abstrato
Somente
restam os tormentos da saudade,
Germe
da derivação imprópria que dilacera,
Amor...
Este mal que invade, é fraude,
Maligno
engano a contaminar a alma:
Pelo
tato, os olhos, pelos poros, pela mente.
Quem
faz de mim este ser que vaga dormente
Entre
fantasia, sonho, torpor e realidade,
Quem
não distingue limbo e paraíso,
Céu e
inferno, mentiras, verdades.
Somente
sei, queria, constituísse os ensejos,
Você a
ninfa, meu remédio, minha cura,
Da
minha febre delirante o alívio dos desejos
Acender
da luz de lua na minha noite escura...
Abraçar
com braços de verão e brisa amena
E o
suave toque das plumas dos seus beijos.
Dirão
é loucura! _Alguém que esta e não esta
Sê
vivo dentre os vivos, num mundo ausente...
É psicose
de apaixonados, neurose terrena.
Todavia!
Ninguém dará diagnose ao delírio
Da sua
presença antecipada pelo olor dos lírios
Ou, o
sabor cereja que me ficou daquele beijo,
E o
poder de um pronome indefinido causar luto,
Quando
a próclise se pospondo entre os mortais
Faz-me
prenhe de anseios condenando a amar-te
E para
sempre... Ad aeternum, sujeito oculto.
https://youtu.be/ruP672bL8eA
Alone In The Dark" Music by Vadim Kiselev
PS.:
Caríssimo leitor e convidado ao acessar o vídeo abaixo desabilitar o som ativo no alto da página no blog, ou acesse o link para ver e ouvir.
Obrigado.
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7 comentários:
Temperamental,
so much message.
Music is beautiful and soothing, but it is also sadness.
Happy December!
Quanta beleza!
Sublime Adonis, não encontro outra palavra.
Um abraço.
O que dizer das palavras ainda não ditas... O que cantar das notas ainda não criadas...amar, este verbo tão simples e tão arrebatador... Procuro incessantemente adjetivos , porém os mesmos, inconsoláveis, por não terem a força de retratarem tamanha grandeza dessa poesia... Tamanha verdade... Este amor que vai e volta sempre para o mesmo ninho... Das bagatelas da vida que vão ficando pelo caminho... Como se mais nada importasse ... Apenas um sopro divino acalentando e aninhando o coração sobrevivente .... Nem sei o que dizer... Uma palavra.... Perfeito !!! ... B
Sublime...sempre intenso e verdadeiro... Poema assim há de ter ainda no mundo resposta à altura... Que venha no bico de um pombo correio... Quiçá em cartas seladas pelo mensageiro...
Palavras puras , não se cansa a leitura e releitura .... Tudo ainda tão intenso, branco, forte, verdadeiro que nem as palavras poderiam expressar tamanha força ... Não canso de reler ...
Teu blog tá mto lindo poeta, adorei passear por aqui hoje, já estava com saudades, bjsss
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