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quarta-feira, 10 de setembro de 2014

Nostro Amore.

Nostro Amore.





Esse nosso amor...
Amor que outros
Cantam em fulgor,
Em nós é amorfo!
Um rito morto.
Virtude e querer
Extravasa, arde,
E não nos cabe
Amargura e doer.
Sufocar é vão!
Calar a emoção
Tentá-lo prever...
Tênue a ilusão.
Nas mãos vagas,
Inda mais, quando,
Premidas, postas...
Entre os dedos
Flui e transbordas
Perfaz-se em nada.
Porque o amor,
É alma líquida
Total e plasmada!
O mesmo que,
O coração alaga
É chuva que cai
Fria, insípida, ai...
A fugir das mãos
Quem pode reter?
Na cisma do ir,
Gotejar, fenecer
Para não mais
Se encontrar...
Fluída, se perder.
Regar fulgores
Forjando o brotar
D’outras fontes
Em gotas d’água
Formar um mar...
Diluir-se por aí...
Voltar e ferver
A se sublimar
Mesmo, sem querer,
Voltar a chover

N’outras mãos se perder...








2 comentários:

Anônimo disse...

Embora os desafios da vida nos afastem temporariamente dos encantos da poesia, venho aqui brevemente para deixar minhas mais sinceras e honrosas saudações! Sua poesia continua vibrante, viva! Um encanto que jamais se apaga ! Abraços de luz no seu coração ! ... Beatrice

Unknown disse...

Que o amor seja vibrante, seja líquido, seja desfeito e refeito, que seja sempre a fonte de inspiração, mas que também seja inspirado! Grande abraço, caro poeta!