Arte: The Progress of Spring 1905. Charles D Ward.
Sabendo
bem que não enterneces
Que
vã é, a esperança à minha porta
E
nada é, senão um feto que abortas!
Dentre
todas, que quis, foste primeira.
Seria
minha face radiante, dos olhos, brilho...
Da
poesia cancioneiro, doce refrão, estribilho
Águas
a jorrar dos Alpes às ribeiras
Em
impetuosa vazão pelo mundo
Mas,
como cerzir sua alma a minha vida
Se
a felicidade, sempre foi ela aventureira
A
prófuga ventura clandestina
Àquela
que ao se buscar não se acha
Àquela
que quando vem não se eterniza
Àquela
que não cura a dor ou lhe ameniza
Àquela
ave de plumagens de brisa e ilusões
Que
com seu canto tanto engana aos corações,
Àquela
que pousa bem diante dos olhos
E
ao estendermos as mãos num almejo
De
ao menos sua candura sentir, qual suave beijo
Ela,
num súbito assomo se vai, n’outro voo por aí...
Tu
não sabes dos meus caminhos
Nem
te importa mal me conheces,
Por
tua causa repudiei todas as preces
Lutuoso,
mortificado, sem carinhos.
Um comentário:
Se apaixonar por aventureiros[as]
não é fácil
Um beijo e adorei, muito lindo!!!!
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