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segunda-feira, 1 de julho de 2013

Mistério da Lua.



                  


Flor que sois lua dourada
Gemando dos montes
Em noite escura...
Sobre pastagens debruçadas!

Logo que dos outeiros se erguia
O negrume em lume acendia.
Um corte profundo que sangra
Hemorrágica em noite fria, 

Nas vidraças das janelas,
Os encouraçados, dos prédios
E becos tortos,
Da minha cidade vazia...

Ora em nuvens embalsamada
Ora, na mortalha do céu ornada.
Cravejada de diamantes
Velas como quem vela o silêncio 

Sob o manto do rocio tardio
Se mira em noite alta
No leito manso do rio
Pálida, é a face da lua. 

Nostálgica. Tudo empalidece... 

Se aos amantes tu encantas
Com fulgor, enfim, aqueces...
Corações apaixonados. 

Quem a vê jamais esquece!

 




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