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terça-feira, 6 de outubro de 2015

Seasons Almas Cadentes.



Fosses tu! Só uma estrela cadente
A vagar, errante, miríades pelas eras...
Perdida no espaço inconsequente
Miragens donde se extraem quimeras

Das mãos de Afrodite gotejante
Adornada Ísis em chamas magistrais
Acendendo em Eros a seta flamejante
Ardida no vácuo do destino e os anais

A manhã despertaria em novo dia
Ao transpor os umbrais as almas
Os equinócios, em um, converteria...
As estações em serenada calma.

Fosse apenas uma estrela perdida
Sem sua estirpe, órbita e destino,
Por certo sua luz inda que derradeira
Luziria a conjunção de nossa vida

E este jazigo nos tornaria um somente
Ao fenderes tu minha taciturna atmosfera
Penetraria fundo e abissal minha terra
E o Amor acolheria ao seio esta semente.

Dos casulos alvos em ingênua formosura
Dentre açucenas, lírios, crisântemos e jasmins!
Irromperiam borboletas fúlgidas, asas de ternura...
Voejando, multicores, o recital infinito dos jardins.

2 comentários:

Marina Seischi disse...

Que maravilha esta comparação do Amor entrando em nossa vida com várias formas ,que as vezes não conseguimos perceber .

Como sempre voce se superou .

Anônimo disse...

Se... Fosse...apenas.... Ahhh essas palavrinhas malandras.... Acho que tudo posto de forma tão intensa já o é... Se transforma em muito mais, numa escala acima do criado .... Quanta formosura não é mesmo! Parabéns pelo brilhantismo de sempre!! ...bea....