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segunda-feira, 9 de fevereiro de 2015

Flor Solidão.







N’outro dia no caminho
Um perfume sinuoso
Enlevou-me pelos ares,
É que num ramo formoso
Pequenina flor balouçava
Entre o muro e a calçada.
D’um arbusto teimoso
Que apostar ninguém iria
Acreditar que um dia
Que assim jogado ao léu
Um ramo voltado pro céu
Com tal beleza enfeitaria
As mazelas rotineiras
E ainda o seu puro olor
Espargindo aos desatentos
Única forma muda e singela
D’uma flor falar de amor
Nesse mundo tão cruel.

Um comentário:

Ailuj disse...

Sempre um prazer imenso em visita-lo
Cada poesia mais linda que a outra e não falo por falar
Leio todas mas nem sempre tenho inteligencia para comentar textos absurdamente lindos
Beijos, poeta