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terça-feira, 15 de abril de 2008

Feitiço da lua.


 

Um leve tremor deslizou pelos lábios
quando um beijo morno em sua nuca pousou
calada estava, muda ficou...
Nem um leve grito, ou gemido.
Somente ofegava, a acometida
entregue a zonzeira atroz e incontida...
Ao eriçar dos pelos púberes.
Arfou suave perdida em prazeres
causados com o afago de mãos sedosas
Logo estava úmida como o jardim orvalhado.
Somente seus olhos dançavam
ao som dos flautins e violinos
sob o leve torpor do perfume de rosas.
Estendida na relva, era mais uma flor.
Totalmente nua!
Entregue as carícias da noite de lua.
As estrelas brotavam de sua alma febril
que o céu alcançava, uma a uma, a cada beijo
do jovem formoso de toque viril.
O ser, envolvente, encantado,
que da brisa surgiu
docemente amou, amou...
Amou pela noite inteira.
Depois, sem sequer dizer o nome
envolto em olores nas brumas partiu.

Um comentário:

Teresa disse...

Ierow, você é fantástico!! Retira da lua o feitiço, do amor a poesia, mas o que é isso?, sem isto, eu sentia?? Tera, sempre aqui...